Todas as manhãs Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O
arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso,
que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas
d’água, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para
no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de
número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e
Jason –, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita
do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o
trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre
que Jess – na verdade Megan – está desaparecida.
Sem conseguir se
manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba
não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas
também da vida de todos os envolvidos.